terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Notas extemporâneas de quinta-feira

Certo dia reencontrei no livro que tenho lido algo sobre um interessante provérbio de alguma tribo de surfistas americanos, mais ou menos assim: “É muito bom bater a cabeça na parede, pois é melhor ainda quando a gente pára.

Naquele dia havia tido uma tarde um tanto a calhar. Passei horas torturantes por conta de algumas coisas do trabalho, que, para meu desespero, pouco dependiam de mim. Mas, desta vez mesmo pra variar, tudo deu certo ao final; o alívio se confirmou no dia seguinte, revigorante. Minha alegria com o happy end foi imensamente maior que o suplício, talvez por reflexo de um estado de espírito mais profundo, então em seu melhor ponto desde o começo da semana. Nesse dia começava, afinal, a fazer as pazes Fernandinha, que vinha sendo maltratada por um sentimento que hoje beira o tédio. A chuva do caminho de volta só me incomodou levemente, e, sem tanto esforço, quase apenas por conta da perda de visibilidade. Na ocasião também girei o acelerador até o final em quase todo o percurso, mas já não fiz manobras tão audaciosas assim. Estava, afinal, mais pacato, tranquilo e temente à morte. Até parecia ser sinal de boas novas...

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