terça-feira, 21 de outubro de 2008

Cafeína russa

Raskólnikov é meu irmão. Sinto isso quanto mais o conheço. Bem, é sabido que não sou daqueles que teimam em não se deixarem apaixonar. Na realidade, a frase anterior é, antes, mais um de meus eufemismos. Mas, nesta fase de irmandade com Ródia, sou indeciso quanto ao que sinto sobre minhas esquivanças, assim como quanto a quaisquer outras das minhas firulas habituais. Desdenho a tudo isso, agora. Resta saber o que permanecerá após o fim da leitura.

Este momento é outro daqueles regados a cafeína. Pois, acabo de perceber que ainda não republiquei Café com namoro, de 2006 — o que é um problema muito fácil de resolver. Fico pensando sobre o que aquela época me significou... Especialmente quanto ao sentimento de euforia, que aprendi a temer — o que mais marcou aquela fase. Lembro-me de algo que me disseram numa aula de artes, ou de história, ou de piano: que os movimentos, as "eras", são denominadas por aqueles que as sucedem. Pois, assim me sinto: como quem, embora sobrevivente, seja também sucessor de suas próprias eras. Neste momento, a denominação e o julgamento não me parecem algo digno de nota. Mas creio que convenha relembrar...

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