quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Ontem eu falei com o Thiago; hoje eu assisti à Malu (Ou, simplesmente, "Rascunho")

Hoje estive no A Obra pela primeira vez. Mais que isso: hoje vi a Malu e troquei com ela algumas palavras. Ouvi ao vivo muitas das canções que costumam animar às minhas madrugadas. E o cara das baquetas estava lá.

Surpresa não tive. O pouco que pude perceber no meio de minhas toneladas de expectativas esteve na curta faixa do presumido. Foram muitas as expectativas; e muitas, as reservas. Mas, afinal, mais as tive quanto ao fato de se eu compareceria ou não. (E o cara das baquetas estava lá.) Nem tanto mais esperei da Malu. O som não estava tão bom, nem eu estava em tantas condições de curti-lo. Até troquei com ela algumas poucas palavras, mas — porém, entretanto, não obstante, todavia, contudo, enfim —, nada muito além do presumido. Eu não esperava mais que o que vejo ao acessar o PalcoMP3. Seria demais esperar. Por um lado, confirmou a expectativa; por outro — e até contraditoriamente —, foi uma tremenda decepção. Não sei exatamente por quê, nem pretendo morrer frustrado se eu nunca souber. Continuo amando a Malu. Foda-se!

Bem, afinal, bem ou mal, ela falou comigo. E me disse coisas que ainda não decidi como usarei. Porra!, estou decepcionado pra caralho! No meio daquela festa, talvez melhor eu tivesse feito se parasse para simplesmente ouvi-la!; se eu escutasse, ao invés de gastar meu pescoço e meu verbo lesado! (Ou não.) Mas, por mais que eu deseje pensar diferente (e até consiga, em alguns momentos), ainda prefiro "Retrato Perfeito" em estúdio ao invés de ao vivo (ou não —  sei lá!). E a festa era mais simplesmente minha do que minha em relação a ela. Era a festa da ocasião. Poxa!, eu fui lá: isso é algo relevante. Geralmente não consigo fazer nada que me seja realmente importante. Geralmente me escondo. Geralmente prefiro deixar passar e lamentar depois. Mas eu fui lá. Eu vi a Malu e falei com ela. E o cara das baquetas estava lá.

[...]

Ontem falei com o Thiago. Mais surpresa tive ao conversar com ele. Talvez seja porque dele eu esperasse apenas a música; a arte musical. E ele é mais jovem; é verdade (apesar de eu até hoje dizer que não acredito nesse papo de idade). Mas, enfim, entre os contatos diretos que tive com grandes personalidades artísticas nos últimos vinte e quatro anos e trezentos e sessenta e um dias, mais me surpreendeu o Thiago. Não sei exatamente por quê, mas espero que, quando eu souber, saiba também aprender com ele. Thiago é um grande cara; mais que o que ele parece ser, tenha ele consciência ou não. E, apesar dos pesares, apesares e talvezes, não sei ainda qual dos dois é o melhor (aliás, não sei qual é o meu preferido; aliás, esquece!).

[...]

Enfim, curiosamente, tanto o Thiago quanto a Malu me causam algum tipo de identificação: o primeiro em relação à beleza do que julgo ser o meu passado e a segunda em relação à beleza do que julgo ser meu futuro. Ingenuamente, de qualquer forma; talvez, no fim, a mesma coisa. E o cara das baquetas não está longe...

Um comentário:

  1. Olá, Lekso.

    Eis aí o primeiro comentário...
    Você irá se perguntar "o que ela faz aí num sábado à noite?" A curiosade realmente matou o gato...
    A Malu é mesmo linda. Lembrou-me a Sinéad O'Connor (aparentemente claro), quanto a voz, pareceu-me bem mais grave. 'Pareceu-me', net discada, sabe como é... mas gostei do pouco que ouvi, agradou-me o timbre de voz.
    Bem, chega pra um sábado à noite.
    Até mais...
    Ex-primeira dama.

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