domingo, 7 de setembro de 2008

Complementação do texto anterior

Então, o que seria exatamente a "Renascença"?

Em diversos aspectos, tenho impressão de que, por volta dos meus quinze a dezesseis anos de idade, havia mais consistência e coerência em minha conduta, em comparação com o período que se seguiu. Naquele tempo, meu sistema de crenças era simples, cristalino, evidente; meus sonhos e objetivos eram precisos; minhas dúvidas eram apenas frestas à espera de preenchimento. (Aqui não estou negligenciando os efeitos da experiência, mas tratando de questão diversa e mais fundamental que a simples carga de conhecimento.) Pois, tal teria sido "o apogeu do Período Clássico".

Enquanto a filosofia se desenvolvia, minha autoconfianca inchava tal qual o Império Romano. Após um curto período de expectativa eufórica — convertida em decepção a câmbio paritário —, teve início a "Idade Média". Foi um período marcado pela busca do preenchimento das dúvidas através de emoções, tendo-se declarado a razão insuficiente. Tal qual a a História observa quanto à Filosofia na Alta Idade Média, em minha vida entraram em pauta conceitos tais quais "redenção", "salvação" e "fé", com predomínio desta sobre a razão. 

Na transição da minha "Idade Média" para "Era Moderna", há também elementos que podem ser comparados à Peste Negra, às descobertas decorrentes da Navegação e à Reforma Protestante. O texto "Futebol" pode simbolizar meu primeiro passo em direção ao "resgate da cultura clássica", enquanto "Os Filósofos da Via Expressa", o primeiro sinal de que a velha "Escolástica" começava a declinar.

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